RPG DE VAMPIROS
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Vampiros

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Mensagem por Mestre do Jogo Ter Ago 30, 2011 2:23 pm

O conteúdo abaixo foi extraído do Manual Vampiro à Máscara ® 3º Edição.
Os direitos autorais pertencem à Devir Editora, caso queiram o conteúdo completo, por favor adquirirem o livro no próprio site da editora.


Vampiros

Cadáveres sanguessugas erguidos dos túmulos para beber do sangue dos vivos. Monstros condenados ao Inferno que evitam sua punição roubando a vida dos outros. Predadores eróticos que retiram seu sustento de homens e mulheres inocentes, que tentam resistir (ou cedem involuntariamente?) aos seus encantos.
Desde o início dos tempos, a humanidade fala do vampiro – o morto-vivo, os espírito demoníaco incorporado em carne humana, o cadáver que se ergue de sua tumba possuído de uma ardente fome por sangue quente. Da Hungria a Hong Kong, de Nova Déli a Nova Iorque, pessoas em todo o mundo têm sentido arrepios de terror e deleite contemplando as façanhas do predador noturno que é o vampiro. O vampiro assombra os romances, filmes, séries de TV, vídeo games, a moda e até mesmo os cereais matinais.
Mas estas histórias são apenas mitos, certo?
Errado.
Os vampiros têm estado entre nós desde os tempos pré-históricos. Eles ainda caminham entre nós. E Vêm travando uma grande guerra secreta desde as primeiras noites da história humana. O desfecho dessa luta interminável pode determinar o futuro da humanidade – ou a sua completa perdição.

O que é um Vampiro?

Muitos tipos de protagonistas podem ser representados nos jogos de narrativa. Em alguns, os jogadores interpretam heróis em um mundo de fantasia, ou super-heróis salvando o mundo do ataque dos vilões. Em Vampiro, os jogadores assumem o papel de vampiros — os sanguessugas imortalizados nas histórias de horror — e guiam esses personagens através de um mundo virtualmente idêntico ao nosso.
Os vampiros que caminham sobre a Terra nas noites modernas — ou Membros, como gostam de ser chamados — são, ao mesmo tempo, similares e diferentes do que poderíamos esperar. Talvez seja melhor começar nossa discussão sobre os mortos-vivos como se fossem uma espécie separada dos humanos — seres inteligentes e com semelhanças superficiais com os humanos que um dia foram, possuindo inúmeras diferenças fisiológicas e psicológicas.
Na maioria dos casos, os vampiros lembram os monstros do mito e do cinema (existe algum fundo de verdade nas histórias de que estes talvez tenham sido criados por mortais iludidos e confusos).
De qualquer forma — não importa o que os intrépidos caçadores de vampiros tenham aprendido — nem todas as superstições sobre os vampiros são verdadeiras.

• Vampiros são imortais. Verdadeiro. Embora possam ser mortos (um processo muito difícil), eles não envelhecem e não morrem de causas naturais. Eles não precisam dos alimentos que os humanos comem, e não precisam respirar.

• Vampiros são mortos-vivos e devem sustentar-se com o sangue dos vivos. Verdadeiro. Um vampiro está clinicamente morto — seu coração não bate, ele não respira, sua pele é fria, ele não envelhece — porém ainda é capaz de andar, planejar, falar... caçar e matar. Para sustentar sua imortalidade artificial,.um vampiro deve consumir sangue periodicamente, preferivelmente sangue humano. Alguns vampiros penitentes garantem sua existência alimentando-se do sangue de animais, e alguns vampiros mais velhos precisam caçar e matar outros de sua própria raça. Porém, a maioria deles consome sangue de elementos da mesma espécie a que pertenciam: os humanos. Os vampiros drenam o sangue de suas vítimas através do uso dos caninos retráteis, que lhes são concedidos magicamente no momento em que se tornam mortos-vivos. Eles também têm uma habilidade mágica de cicatrizar os ferimentos causados às suas vítimas durante a sua alimentação, lambendo o local e com isso eliminando todos os indícios de seu ataque.
O sangue é tremendamente importante para os Membros, por ser tanto a base de sua existência como a fonte de seu poder. O alimento mortal, o ar mortal, o amor mortal nada disso tem significado para um vampiro. O sangue é a sua única paixão, e sem ele, o vampiro irá rapidamente definhar e ficar inativo. Além do mais, os vampiros podem usar o sangue roubado para realizar espantosas façanhas de cura, força e outras mágicas.

• Qualquer pessoa mordida por um vampiro se transforma em vampiro. Falso. Se fosse verdade, o mundo estaria lotado deles. Os vampiros se alimentam de sangue humano, é verdade, e às vezes matam suas presas — mas a maioria dos humanos que morrem de um ataque vampírico simplesmente falece. Para retornar como um morto-vivo, é preciso que todo o sangue da vítima seja drenado e que ela seja alimentada com um pouco do sangue vampírico logo em seguida. Este processo, chamado de O Abraço, causa a transformação mística de humano para morto-vivo.

• Vampiros são monstros — espíritos demoníacos incorporados em cadáveres. Falso e verdadeiro. Os vampiros não são demônios per se, mas uma combinação de fatores trágicos os compele inexoravelmente a cometer más ações. No início, o novo vampiro pensa e age de modo muito semelhante a como quando ainda vivia. Não é de imediato que ele se transforma num demônio, num monstro sádico. Entretanto, ele logo descobre a absurda fome de sangue e percebe que sua existência depende de se alimentar de seus semelhantes.
Muitas vezes, o comportamento do vampiro muda — ele adota uma série de atitudes menos condizentes com um onívoro comum e mais próprias de um predador solitário. Relutante a princípio, o vampiro é finalmente forçado a matar, pelas circunstâncias ou por necessidade. E, com o passar dos anos, matar torna-se cada vez mais fácil. Percebendo que é indigno de confiança, ele pára de confiar nos outros. Percebendo que sua existência depende de segredo e controle, ele se torna um experiente manipulador. E tudo piora cada vez mais, conforme os anos se transformam em décadas e depois em séculos, e o vampiro mata mais e mais, vendo seus entes queridos envelhecerem e morrerem. A vida humana, agora tão curta e desprezível comparada com a dele, perde cada vez mais o seu valor, até que ele passa a considerar o rebanho mortal à sua volta tão insignificante quanto um enxame de insetos impertinentes. Os vampiros mais velhos estão entre os seres mais endurecidos, insensíveis e paranóicos — em resumo, monstruosos — que o mundo jamais conheceu. Talvez não sejam demônios, no sentido exato da palavra, mas a essa altura dos acontecimentos, quem saberá a diferença?

• Vampiros são queimados pelo Sol. Verdadeiro. Os vampiros precisam evitar o sol, ou morrem, embora alguns deles sejam capazes de suportar o contato com a luz do sol por um curto espaço de tempo. Os vampiros são criaturas noturnas, por isso a maioria encontra extrema dificuldade em permanecer acordado durante o dia, até mesmo em áreas protegidas do sol.

• Vampiros são repelidos por cruzes e outros símbolos sagrados. Em geral, isso é falso. No entanto, se o portador do símbolo tiver fé verdadeira no poder que ele representa, o vampiro pode vir a sofrer os seus efeitos.

• Vampiros são repelidos com alho e água corrente. Falso. Isso não passa de mito.

• Vampiros morrem com uma estaca fincada no coração. Falso. Entretanto, uma estaca de madeira — uma flecha ou algo semelhante — enfiada no coração paralisará o monstro até ser removida.

• Vampiros têm a força de dez homens; são capazes de comandar lobos e morcegos, de hipnotizar os vivos e cicatrizar até mesmo o mais grave dos ferimentos. Verdadeiro e falso. O poder de um vampiro aumenta com a idade. Os vampiros jovens, recém-criados, costumam ser apenas um pouco mais poderosos do que os humanos. Mas, conforme o tempo passa e seu conhecimento aumenta, eles aprendem a usar o sangue para invocar poderes mágicos secretos, que chamam de Disciplinas. Os anciões poderosos rivalizam com Lestat ou o Drácula fictício, e os verdadeiros anciões — os Matusaléns e os Antediluvianos que têm assombrado as noites por milhares de anos com frequência possuem poderes semelhantes aos de verdadeiros deuses.

O ABRAÇO

Os vampiros são criados através de um processo chamado "O Abraço". Alguns clãs de vampiros Abraçam mais ao acaso que outros, mas o Abraço não costuma ser dado inconsequentemente. Afinal de contas, qualquer novo vampiro é um competidor em potencial por alimento e poder. Uma criança da noite costuma ser vigiada durante semanas e até mesmo anos por um observador, que avalia criteriosamente se aquele mortal de fato acrescentaria algo de bom à sociedade vampírica.
O método para realizar o Abraço é similar ao da alimentação vampírica normal — o vampiro drena o sangue da presa escolhida e, a seguir, devolve um pouco de seu próprio sangue imortal para o mortal exangue. Apenas um pouquinho — uma gota ou duas — é o bastante para transformar um mortal em um morto-vivo. Este processo pode ser executado até mesmo em um ser humano que já esteja morto, desde que o corpo ainda esteja quente.
Assim que o sangue é devolvido, o mortal "acorda" e começa a beber por sua própria iniciativa. Embora reanimado, o mortal continua morto; seu coração não bate e ele não respira. No decorrer das semanas seguintes, seu corpo sofre uma série de transformações sutis, ele aprende a usar o sangue em seu corpo, e é ensinado sobre os poderes especiais de seu clã. A partir deste ponto, ele é um vampiro.

A CAÇADA

A diferença fundamental entre os humanos e os vampiros está na alimentação. Os vampiros não conseguem subsistir com a comida dos mortais. Ao invés disso, só mantêm suas vidas eternas através do consumo de sangue — sangue humano e fresco. Os vampiros conseguem o seu sustento de muitas maneiras. Alguns cultivam "rebanhos" de mortais acessíveis, que apreciam o êxtase do Beijo dos vampiros. Alguns rastejam para dentro das casas à noite, alimentando-se de pessoas adormecidas. Há aqueles que caçam em locais onde os humanos se reúnem — danceterias, bares e teatros — seduzindo mortais em relações amorosas ilícitas e disfarçando seus ataques como atos de paixão; outros ainda se alimentam da maneira mais antiga — caçando, atacando, incapacitando (ou até mesmo matando) mortais que perambulam à noite por lugares afastados, vielas isoladas ou terrenos baldios.

O MUNDO NOTURNO DO VAMPIRO

Os vampiros valorizam o poder, por si só e pela segurança que ele oferece — e acham ridiculamente fácil adquirir artigos, riquezas e influências mundanas. Um olhar hipnótico e umas poucas palavras os tornam capazes de obter as riquezas, o poder e os empregados que desejarem. Alguns vampiros poderosos são capazes de implantar sugestões pós-hipnóticas nas mentes dos mortais, fazendo com que eles se esqueçam que estiveram em sua presença. Dessa maneira, eles conseguem adquirir legiões de escravos involuntários, de várias classes sociais, com muita facilidade.
Embora existam exceções, os vampiros tendem a permanecer nas proximidades das cidades que, por sua vez, oferecem inúmeras oportunidades para a caça, acordos e politicagem — além do mais, o campo costuma oferecer perigo. As regiões selvagens são o lar dos Lupinos, os lobisomens, que são os eternos inimigos dos vampiros e que não desejam nada além de acabar com eles.

A Jyhad
Muitos vampiros procuram não manter nenhuma ligação com os demais membros de sua espécie, optando por existir e caçar na solidão. No entanto, a sociedade dos mortos vivos pratica uma dança de manipulação e veneno, e poucos vampiros são deixados de fora dela. Desde as noites da antiguidade, os Membros têm lutado pela supremacia, numa guerra antiga e muito conhecida, chamada Jyhad. Nossos líderes, culturas, nações e exércitos têm sido meros peões nessa guerra secreta e as conspirações vampíricas têm influenciado muito (mas não toda) a história humana. No mundo noturno dos vampiros poucas coisas são realmente o que aparentam.
Um golpe político, problemas económicos ou movimentos sociais podem ser apenas uma manifestação superficial que acoberta uma luta de séculos. Os vampiros anciões comandam das sombras, manipulando mortais e vampiros igualmente — e os anciões, por sua vez também são manipulados. Na verdade, a maioria dos guerreiros não deve sequer imaginar para quem lutam, nem por que.
Supostamente, essa guerra iniciou-se milênios atrás, mas continua até hoje. Muito embora os arranha-céus tenham tomado o lugar dos castelos, as metralhadoras e mísseis tenham substituído espadas e tochas, e ações ao portador tenham se tornado obsoletos os cofres cheios de ouro, o jogo continua sendo o mesmo. Membro contra Membro, Clã contra Clã, seita contra seita: como sempre tem sido. As disputas iniciadas no reinado de Carlos Magno continuam sendo travadas hoje, nas ruas de Nova Iorque. E as cidades que não param de crescer proporcionam inúmeras oportunidades para alimentação, poder e guerra.
Cada vez mais, os vampiros falam sobre a Gehenna – a profecia da noite do Apocalipse, quando a maioria dos anciões, os míticos Antediluvianos, se erguerão de seus covis ocultos para devorar todos os vampiros jovens. Esta Gehenna, como os membros dizem, será um presságio do fim do mundo, já que tanto os vampiros, quanto os mortais serão consumidos por uma implacável maré de sangue. Alguns vampiros empenham-se em impedir a Gehenna e alguns, de um modo fatalista, simplesmente esperam por ela; outros ainda a consideram um mito.Aqueles que acreditam, no entanto, dizem que o fim está próximo – e talvez seja uma mera questão de anos.
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